05/04/2023

Após retirada de linhas, Seturn diz que Rocas tem oferta adequada e cobra "solução definitiva" da prefeitura; entenda

A retirada de cinco linhas do bairro das Rocas gerou a revolta dos moradores da localidade na zona Leste de Natal e um protesto foi realizado na manhã desta quarta-feira (05). Apesar disso, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal (Seturn) afirmou que o bairro tem oferta de serviço adequada.



Segundo o corpo técnico do sindicato, a região é atendida pelas linhas 25, 33, 35, 37, 38, 43, 59, 75 e 84. Nos últimos dias, os moradores do bairro deixaram de contar com as linhas 46, 51, 52, 54 e 56, que mantiveram o itinerário encurtado desde os ataques ocorridos no mês de março em Natal e outros municípios do estado.

O Seturn reiterou que o sistema está em crise e na iminência de falir. Segundo o sindicato, antes de paralisar totalmente o sistema, caso nada seja feito pela prefeitura, as reduções de horário e alterações de itinerários irão acontecer.

Além disso, as empresas ainda pontuaram que o preço da passagem é o mesmo desde 2019 e que, de lá para cá, as despesas aumentaram significativamente, principalmente o combustível. Outro fator é a redução do número de passageiros.

"Agora em maio, nós teremos o reajuste dos motoristas, teremos também o aumento do óleo diesel e a prefeitura se recusa a tornar público quanto custa o serviço de transporte, desde 2019 se utiliza a mesma planilha de custos quando sabemos que houve redução de demanda e aumento de custos", afirmou o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Filho.

O coordenador também destacou o atraso na licitação e a não divulgação de um estudo contratado pela prefeitura. "O município contratou um estudo para ajustar a rede e calcular o custo do serviço. E não divulga os dados desse estudo, nem muito menos lança o edital de licitação. Se a prefeitura não trouxer esse custo para o debate público, haverá um risco de colapso, porque já dissemos, e a prefeitura sabe disso internamente, que o custo do serviço é muito superior ao que se arrecada", disse.

"Esse processo de falência é lento e gradual, não ocorre da noite para o dia, vem ocorrendo há anos, pois desde 2010 se aguarda a realização da licitação", completou.

Fonte: Portal da Tropical

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