Neobus New Road N10, enfim, na frota da 1001

Matéria / Texto: Carlos Alberto Ribeiro / JC Barboza
Com fotos: Kevin Willian / Flávio Oliveira

A 1001 é a gigante do transporte rodoviário de passageiros no Brasil. Empresa cujo crescimento ao longo das décadas foi constante conseguiu um feito impensável, ultrapassou as gigantes Itapemirim, Cometa e Gontijo, ocupando desde 2010 a posição de líder nacional em tamanho de frota, faturamento bruto anual, lucratividade e vários outros indicadores contábeis que atestam a vitalidade e a saúde financeira da empresa. E não é somente ela. Outras empresas do Grupo JCA (Jelson da Costa Antunes), com sede administrativa na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, também apresentam números invejáveis.

Cometa, Auto Viação Catarinense, Rápido Ribeirão Preto, Mateus, Opção Turismo, Macaense, Expresso do Sul, SIT Macaé, todas integrantes da holding JCA, são verdadeiros atestados de excelência em gestão empresarial, ano após ano. A política de renovação de frota de todas tem sido agressiva, constante e que as mantém entre as primeiras do Brasil quanto ao índice de renovação e idade média de frota. Desde mais ou menos o ano de 2010, com o agravamento da situação financeira da Busscar, ficando impossibilitada de atender grandes pedidos de encarroçamento de ônibus, a Marcopolo acabou se tornando a fornecedora oficial do Grupo JCA.


E que cliente. De lá para cá, por cima, mais ou menos 170 ônibus da Marcopolo, Modelo Paradiso 1050 G7 foram incorporados a frota da Catarinense. Várias outras unidades dos modelos Paradiso 1200, LD 1600 e 1800 DD também foram incorporados. Tudo somado, ultrapassou o número de 200 novos ônibus. Outras aquisições de porte foram feitas para a 1001, Cometa, Opção Turismo e Macaense. Algo em torno de umas 500 unidades foram adquiridas da Marcopolo desde 2010 pela holding JCA. Há um porém, não visto entre os anos de 2001 a 2010, quando a Busscar participava ativamente de vendas para as empresas do grupo.

Agora, com a presença massificante da Marcopolo na frota, há um cansaço visual prematuro. É muito Paradiso nas frotas do grupo, principalmente da versão 1050. É enjoativo. O passageiro comum, que não sabe diferenciar o produto “ônibus”, não sabe se está embarcando num veículo novo ou velho. É tudo igual. Se este passageiro deixar para comprar sua passagem no momento do embarque, e ver lado a lado um Paradiso G7 e um Comil HD, um Mascarello Roma 370 ou um Neobus N10, qual ele vai preferir embarcar se os mesmos fizerem as mesmas linhas? Certamente que vai querer experimentar o ônibus que ele ainda não viajou. E este ônibus que ele ainda não embarcou pode ser um modelo da concorrente.

Cremos que este pode ter sido um dos motivos da 1001 querer diversificar seus fornecedores de carrocerias, introduzindo agora os ônibus da Neobus na frota. Outros fatores podem ser considerados, como menor prazo de entrega, preços, descontos e condições de pagamento. Outro ingrediente não pode ser desconsiderado, o de que a Neobus pode ter cedido sem custo inicial as unidades para testes na 1001. Plantar agora para colher depois. Se a direção do grupo gostar, aprovar, estará aprovado de vez a entrada da Neobus no Grupo JCA. E as vendas decorrentes do aceno positivo podem se traduzir em algumas centenas de unidades.

De inicio, as informações repassadas por busólogos, é de que quatro unidades do Neobus New Road N10 foram flagradas em trânsito neste domingo (31) na rodovia Presidente Dutra e estão seguindo viagem rumo a Niterói. Dois saíram de Curitiba as 4h e outros dois as 10h. Vejam como é o rastreamento dos busólogos. Nada escapa a eles e os veículos foram fotografados em trânsito. Outras unidades N10 devem seguir na quinta-feira para a garagem central da Cometa. No total, parece ser 10 o número de ônibus da Neobus que serão incorporados as duas empresas do Grupo JCA.

Fonte: Mobilidade em Foco
Via Portal Ônibus Paraibanos