O debate ocorreu antes do anúncio oficial da majoração das tarifas. Vereadores, estudantes e representante dos empresários discutiram o assunto.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do Rio Grande do Norte (Setrans/RN), Eudo Laranjeiras, o aumento atende as necessidades imediatas, mas está aquém do que foi solicitado ao Governo.
Eudo Laranjeiras informou que há mais de três anos o preço das passagens estava congelado. O empresário espera que não sejam cometidos excessos na Grande Natal por parte dos integrantes da “Revolta do Busão”
Aumento insatisfatório
“Ainda não vi a planilha, mas o que posso dizer é que estamos há mais de três anos sem reajuste. Enquanto isso, aumentamos o salário dos funcionários por quatro vezes, o óleo diesel subiu 20%. Acumulamos prejuízos com o esses aumentos e o reajuste aplicado atende apenas as necessidades imediatas, mas está aquém do que foi solicitado ao Governo”
“Revolta do Busão”
“Para mim isso é baderna. E toda baderna tem que ser contida pela polícia. Acho interessante que há aumento em outros setores da economia, mas os protestos só são contra o transporte. Parece que esse movimento é orquestrado por alguém. Espero que não ocorram excessos na Região Metropolitana de Natal”
Manifestantes entregam pauta de reivindicações
Na Semob, membros da Revolta do Busão cobram mudanças | Foto de: Emanuel Amaral
Membros do movimento popular denominado “Revolta do Busão”, que pede a diminuição do valor da passagem de ônibus e ajustes no funcionamento do transporte público coletivo da capital, participaram de uma reunião, na manhã desta quarta-feira (29), na secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). O encontro, anteriormente marcado com a participação do prefeito Carlos Eduardo, durou cerca de duas horas.
A pauta de reivindicações unificada, junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pede a redução da tarifa de ônibus; o fim da dupla função motorista-cobrador; volta das linhas extintas; e separação das linhas que foram unificadas, alegando que o passe livre foi prejudicado nesses casos; aplicação do bilhete único, permitindo que o mesmo cartão possa ser utilizado nos alternativos e nos ônibus, entre outros pontos.
Segundo a titular da Semob, Elequicina dos Santos, o encontro foi produtivo. Cinco integrantes do grupo, sendo dois estudantes, participaram da reunião que contou com a participação de técnicos da Secretaria. “Explicamos como chegamos ao preço da tarifa. Tudo foi colocado e acho que eles entenderam. Além disso, desmentimos alguns boatos que surgiram”, disse a secretária fazendo referência a informação de que os passe estudantil estava limitado a quatro passagens por dia e que a redução do PIS/Cofins reduziria o valor da passagem a R$ 2,10.
Fonte: Tribuna do Norte
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