Polícia simula sequestro de ônibus com seleção de futebol

Exercício visa preparação das forças de segurança para os grandes eventos esportivos

O ônibus que conduzia a delegação de uma seleção que disputará a Copa do Mundo foi sequestrado no início da tarde desta quinta-feira (13), instantes depois dos jogadores terem desembarcado no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador (Zona Norte). O veículo foi interceptado ainda na Linha Vermelha, quando seguia para Zona Sul, onde o time iria se hospedar. Para piorar a situação, o motorista estava vestido com um colete recheado de dinamite, quando foi avisado de que sua família estava sob a mira da arma dos criminosos.



Esta situação, felizmente, foi apenas simulada em um campo de treinamento nos arredores do Galeão. O motorista, os bandidos e jogadores de futebol, eram atores. A bomba, de mentira. No entanto, a tensão e concentração dos envolvidos no episódio era real, e chegou atá a assustar quem acompanhou as dramáticas cenas.

O suposto sequestro era um exercício integrante de um treinamento tático ministrado pela Academia de Polícia Sylvio Terra (Acedepol), para alunos do Curso de Capacitação de Operadores em Segurança de Grandes Eventos e Segurança Turística (Cogest). Participam do curso agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal e também funcionários de concessionárias como Infraero e Supervia.

Durante a atividade, homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, bombeiros militares e agentes de segurança da Infraero simularam um ato de terrorismo. Tudo soou muito real, desde a atuação dos negociadores junto aos sequestradores, até o desespero do motorista com uma bomba presa ao corpo, e com a família mantida sob a mira de uma arma.

A ação contou ainda com homens do Esquadrão Antibombas, do Serviço Aeropolicial (Saer), do Grupamento de Cães e da Divisão Anti-sequestro.

"Os alunos do curso terão a oportunidade de observar, na prática, o que aprenderam em sala de aula", disse a delegada Jéssica Oliveira, diretora da Acadepol. "A ideia é preparar este pessoal para atuar nos grandes eventos, com grande presença de público. Ele amplia a perspectiva do policial em relação ao turismo".

Lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) dos Morros do Fallet, Coroa e Fogueteiro, a soldada da Polícia Militar Camila Mourão destacou a importância de acompanhar a simulação.

"É mais ou menos como a aula de Movimentos Coletivos Urgentes", comparou. "Ver como é de verdade, mesmo que simulado, nos ajuda na percepção do ambiente do evento. Sabemos, desse jeito, como reagir em um momento de refém, ou de tumulto. Nos ajuda, inclusive, a enxergar saídas e opções de ação em determinado ambiente de evento".

Fonte: Jornal do Brasil