Ônibus e caminhões recebem mais verbas do Programa PSI

Recursos foram ampliados em R$ 1,7 bilhão, totalizando agora R$ 108,6 bilhões.

Por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Financiamento de ônibus e caminhões pela linha PSI, como recursos do BNDES, ganha mais 1,7 bilhão passando de R$ 106,9 bilhões para R$ 108,6 bilhões. Folgas forçadas, interrupção na produção e falta de acordo com a Argentina preocupa, governo federal. Verbas de outros setores foram reduzidas. Foto: Adamo Bazani.

Eu reunião extraordinária nesta sexta-feira, dia 25 de abril de 2014, o CMN – Conselho Monetário Nacional decidiu remanejar recursos do PSI – Programa de Sustentação do Investimento R$ 3,2 bilhões para setores que, segundo o órgão, neste momento necessitam de mais estímulos.

O CMN é formado por autoridades da área econômica como o ministro da Fazenda, Guido Mantega; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

O PSI foi criado em 2009 e tem o objetivo de estimular setores de bens de capital e de inovação, usando recursos do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.

O limite disponível para o Programa neste ano, de R$ 372 bilhões, permanece inalterado, mas alguns setores tiveram mais verbas e outros sofreram cortes no total para financiamento.

O subprograma para ônibus e caminhões foi o mais beneficiado. Recebeu um reforço de recursos disponíveis para financiamento de R$ 1,7 bilhão, passando de R$ 106,9 bilhões para R$ 108,6 bilhões.

Para compensar, o subprograma Bens de Capital – Demais Itens teve redução nos recursos disponíveis de R$ 121 bilhões para R$ 119,3 bilhões.

Com linhas de produção praticamente paradas, montadoras abrindo programas de demissão voluntária e dando folgas maiores para os funcionários, o Governo Federal quer fortalecer a venda de ônibus e caminhões novos no mercado interno.

A interrupção do acordo de exportação entre Brasil e Argentina tem impactado o nível de produção dos ônibus e caminhões brasileiros, já que o país vizinho é um dos principais compradores destes veículos brasileiros.

As indefinições em licitações de grande porte, como da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, que deve abranger cerca de duas mil linhas rodoviárias interestaduais e internacionais, criam um clima de insegurança para o frotista brasileiro renovar seus veículos.

O subprograma Proengenharia/Inovação Produção também contou com mais recursos. O total de verbas disponíveis recebeu mais R$ 1,5 bilhão, passando de R$ 2,8 bilhões para R$ 4,3 bilhões.

Em compensação, as verbas disponíveis para a compra de transformadores caiu de R$ 6,285 bilhões para R$ 5,325 bilhões.

Fonte: Blog Ônibus Brasil