As manifestações e protestos sobre a má qualidade do transporte público que tomaram conta do país nos últimos dias já eram esperadas pelo presidente da Fetronor, Eudo Laranjeiras. Segundo o dirigente, o alerta já vinha sendo feito há muitos anos pela entidade, só que as autoridades públicas nunca deram importância aos apelos dos empresários.“Desde 2008 que a Fetronor vem alertando sobre a necessidade de investimentos no transporte público, mas nunca foi ouvida pelos políticos. Todos esses pleitos pela redução de impostos para o barateamento das passagens também foram solicitados a governadores e prefeitos, e agora diante destas manifestações, esperamos que o setor seja ouvido”, comentou.
Na pauta de reivindicações da federação, três são consideradas fundamentais para a melhoria e redução da tarifa do transporte coletivo: a redução do ICMS sobre o diesel, que hoje é de 25% no Rio Grande do Norte, IPI zero para a compra de ônibus e o pagamento de subsídio pelas prefeituras. “A exemplo do que já ocorre em outras capitais, há a necessidade de subsídio para baixar o valor da tarifa, pois são ganhos para os usuários e não para o empresário”, revela Eudo.
Atualmente, a prefeitura de São Paulo vem subsidiando o preço das passagens com um repasse de R$ 1,4 bilhão ao ano. Um outro tipo de subsídio que a Fetronor defende é a criação de uma taxa para automóveis, como prevê a Lei 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. “No mundo inteiro, são os carros quem subsidiam o transporte coletivo, mesmo para quem não utiliza”, explica o dirigente.
Fonte: Fetronor
Nenhum comentário:
Postar um comentário