Chique é andar de ônibus!
Por Rossano Varela - Unibus RN
rossano.varela@gmail.com
Quando algum conhecido nosso adquire um automóvel é bem fácil ouvir frases como: “agora você está livre dos ônibus”; e dependendo do carro, pode ouvir até um “tá podendo, hein?”. De fato, para nós brasileiros carro é sinônimo de riqueza (às vezes de pobreza também). Refletindo sobre esse assunto cheguei à conclusão de que estamos invertendo valores.
Eu abomino a visão marginalizada que as pessoas têm acerca dos ônibus (e dos trens também). Onde já se viu ônibus ser “coisa de pobre”? Fazendo uma comparação bem grosseira, vejamos o seguinte paralelo: rico que é rico não dirige, contrata motorista, então, os passageiros de nossos ônibus de todos os dias mantém um costume de rico!
Outro exemplo? Ônibus com suspensão a ar. Os sortudos passageiros que andam em ônibus dotados desse excelente sistema de suspensão (que deveria ser obrigatório em todos os ônibus, visto conforto e segurança que trás) usufruem de um sistema encontrado somente em carros como a Range Rover ou num Rolls-Royce, por exemplo.
E que chato é ter que dirigir um carro nesse trânsito de capital: fumaça, ambulâncias, carros de polícia, velhinhos dirigindo bem devagar (amo os idosos, e não sou contra eles dirigirem, mas no trânsito natalense...), fora os maus pedestres que insistem em dividir espaço com os carros em algumas ruas. Se estressar guiando um carro não é coisa de pessoa chique.
Enquanto uns tiram onda de Camaro amarelo, o passageiro natalense pode tirar onda de Mercedes-Benz amarela, tanto na Transportes Guanabara quanto na Expresso Oceano. Quem não gostar de amarelo, temos variadas cores nas outras empresas também. Sem falar que “as mina” também podem pirar com o “bonitão” descendo daquele imponente Apache Vip II, afinal, dizem que algumas mulheres adoram homens em carros grandes. A rapaziada também curte a mulherada descendo as escadas de um ônibus, à lá Cinderela.
Mas, terminadas as comparações (meio inacreditáveis, é verdade), pensando bem direitinho, podemos ver que andar de ônibus pode ser muito chique. Por R$ 2,30 pode-se andar com relativo conforto, sem se preocupar com combustível, prestação do carro e com o trânsito feroz da nossa cidade. Embora o teor deste texto seja mais descontraído, isso é algo que pode ser pensado com seriedade.
Concordo também que nosso atual sistema torna a viagem de ônibus um verdadeiro sofrimento, prendendo os passageiros a horários ruins, disponibilizando veículos em estado de conservação questionável, entre outros muitos empecilhos. Mas com um sistema evoluído, quem sabe, verdadeiramente, andar de ônibus não vira coisa de gente chique? Aguardemos, então!
Sinais de um novo tempo?
Estou muito feliz em ver a nossa potiguar Viação Jardinense superar a crise que vem enfrentando nos últimos anos. Para demonstrar essa superação, os usuários estão se deparando com ônibus recém-adquiridos ou agregados – mas, com excelente qualidade e conservação.
É bem verdade que ainda tem muito para ser feito, mas estou satisfeito em ver o esforço da empresa em continuar na batalha. Força Jardinense!
Fonte: Unibus RN
rossano.varela@gmail.com
Quando algum conhecido nosso adquire um automóvel é bem fácil ouvir frases como: “agora você está livre dos ônibus”; e dependendo do carro, pode ouvir até um “tá podendo, hein?”. De fato, para nós brasileiros carro é sinônimo de riqueza (às vezes de pobreza também). Refletindo sobre esse assunto cheguei à conclusão de que estamos invertendo valores.
Eu abomino a visão marginalizada que as pessoas têm acerca dos ônibus (e dos trens também). Onde já se viu ônibus ser “coisa de pobre”? Fazendo uma comparação bem grosseira, vejamos o seguinte paralelo: rico que é rico não dirige, contrata motorista, então, os passageiros de nossos ônibus de todos os dias mantém um costume de rico!
Outro exemplo? Ônibus com suspensão a ar. Os sortudos passageiros que andam em ônibus dotados desse excelente sistema de suspensão (que deveria ser obrigatório em todos os ônibus, visto conforto e segurança que trás) usufruem de um sistema encontrado somente em carros como a Range Rover ou num Rolls-Royce, por exemplo.
E que chato é ter que dirigir um carro nesse trânsito de capital: fumaça, ambulâncias, carros de polícia, velhinhos dirigindo bem devagar (amo os idosos, e não sou contra eles dirigirem, mas no trânsito natalense...), fora os maus pedestres que insistem em dividir espaço com os carros em algumas ruas. Se estressar guiando um carro não é coisa de pessoa chique.
Enquanto uns tiram onda de Camaro amarelo, o passageiro natalense pode tirar onda de Mercedes-Benz amarela, tanto na Transportes Guanabara quanto na Expresso Oceano. Quem não gostar de amarelo, temos variadas cores nas outras empresas também. Sem falar que “as mina” também podem pirar com o “bonitão” descendo daquele imponente Apache Vip II, afinal, dizem que algumas mulheres adoram homens em carros grandes. A rapaziada também curte a mulherada descendo as escadas de um ônibus, à lá Cinderela.
Mas, terminadas as comparações (meio inacreditáveis, é verdade), pensando bem direitinho, podemos ver que andar de ônibus pode ser muito chique. Por R$ 2,30 pode-se andar com relativo conforto, sem se preocupar com combustível, prestação do carro e com o trânsito feroz da nossa cidade. Embora o teor deste texto seja mais descontraído, isso é algo que pode ser pensado com seriedade.
Concordo também que nosso atual sistema torna a viagem de ônibus um verdadeiro sofrimento, prendendo os passageiros a horários ruins, disponibilizando veículos em estado de conservação questionável, entre outros muitos empecilhos. Mas com um sistema evoluído, quem sabe, verdadeiramente, andar de ônibus não vira coisa de gente chique? Aguardemos, então!
Sinais de um novo tempo?
Estou muito feliz em ver a nossa potiguar Viação Jardinense superar a crise que vem enfrentando nos últimos anos. Para demonstrar essa superação, os usuários estão se deparando com ônibus recém-adquiridos ou agregados – mas, com excelente qualidade e conservação.
É bem verdade que ainda tem muito para ser feito, mas estou satisfeito em ver o esforço da empresa em continuar na batalha. Força Jardinense!
Fonte: Unibus RN
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