Emanuel Amaral |
A ACP poderá ser ajuizada nos próximos dias contra a Prefeitura de Natal. No cruzamento das avenidas Santa Rita de Cássia com a Moema Tinoco, no conjunto Pajuçara, além da cratera que havia sido coberta por metralha minutos antes da visita do promotor, foram identificados bueiros entupidos, lixo espalhado por diversos pontos e alguns túmulos do cemitério às margens da Avenida Moema Tinoco, estavam abertas.
"Nós vamos fazer contato e aguardar o retorno das secretarias municipais envolvidas nestes problemas. Vamos marcar uma reunião com a Semurb, Semsur, Semopi e Urbana para que os responsáveis justifiquem os motivos pelos quais a situação destas ruas chegou a este ponto", afirmou. Além disso, ele reiterou que irá cobrar uma atuação mais enérgica do Município e confirmou a possibilidade da abertura da ACP. "Sim, o governo municipal é passível da abertura de uma Ação Civil Pública".
A visita do promotor a essa área foi provocada por denúncia feita pelos moradores dos loteamentos Jardim Brasil, Alto da Colina e Brasil Novo, além de uma comissão do conjunto Pajuçara. Ele fez fotos do lixão atrás do cemitério, dos túmulos aberto e dos bueiros entupidos. A população fez duras reclamações a João Batista Machado e afirmaram que não aguentavam mais conviver com o descaso do poder municipal.
"Já fomos várias vezes ao gabinete da prefeita. O secretário adjunto da Semopi disse que a prefeitura não tinha dinheiro e não sabia quando as obras de drenagem e pavimentação das avenidas serão realizadas", disse Jeferson Andrade, vice-presidente do Conselho de Moradores do Jardim Brasil. Há cerca de 15 dias, os ônibus das linhas 75 e 79, que atendem a população do bairro Parque das Dunas e dos loteamento em questão, deixaram de circular na Avenida Santa Rita de Cássia.
O problema foi causado pelas chuvas que caíram no início do mês. A água acumulada no entrocamento das avenidas provocou a formação de uma cratera que impossibilitava a entrada dos ônibus. Ontem, um trator colocou metralha e barro retirado de uma área próxima ao local para diminuir a dificuldade de acesso às ruas do loteamento Brasil Novo. "Isso aqui é mais um paliativo. Nós queremos a drenagem da área. É a única solução", defendeu Jeferson.
O coordenador de disciplina da empresa Guanabara, João Batista, esteve presente durante a visita do promotor e afirmou que os ônibus não teriam condições de voltar a circular nas ruas dos loteamentos com o acesso no estado em que se encontrava ontem. "Mesmo com a colocação da metralha, há muita areia. É preciso deixar plano, sem a possibilidade de atolamento ou acidente", destacou. A Guanabara postou no portal da empresa, uma nota à população.
No comunicado, a empresa afirma que "está trocando, temporariamente, os veículos adaptados com elevadores que atendem a região por veículos convencionais. Tal medida se faz necessária devido às constantes quebras dos elevadores causadas pela lama, o que tem prejudicado a população". O secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Dâmocles Trinta, foi procurado para comentar o início das obras de drenagem e recuperação asfáltica das ruas dos loteamentos citados, mas não respondeu aos contatos telefônicos.
Fonte: Tribuna do Norte
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