Por Giovanna Riato, AB do portal Automotivebusiness.com.br
A
A Volare apresentou sua linha de micro-ônibus equipada
com tecnologia para atender a nova etapa da legislação de emissões para
veículos comerciais, Proconve P7, ou Euro 5. A apresentação marca o
início efetivo das vendas dos novos modelos, uma vez que o estoque de
Euro 3 já foi comercializado. A expectativa para a nova fase é positiva
mesmo com o aumento de 11% a 13% nos preços.
A companhia aposta que este ano o mercado doméstico de micro-ônibus será
igual ao de 2011, com 7,5 mil unidades. Neste cenário, a Volare
pretende repetir o número do ano passado, de 4,7 mil veículos vendidos
no País. O primeiro bimestre foi positivo, ainda impulsionado pelo
emplacamento de modelos Euro 3. Milton Susin, diretor da empresa, afirma
que o estoque de 700 veículos acabou no início de março. Foram
comercializados ainda outros 100 ônibus Euro 5.
Depois do acelerado início de ano, a fabricante espera arrefecimento no
segundo trimestre. “Todo mundo fala de antecipação das compras, mas
ninguém cita a postergação de compras”, lembra o executivo. Segundo ele,
até o meio do ano os clientes devem se manter em compasso de espera,
sem a opção por adquirir ônibus Euro 5, mas ainda aguardando a
consolidação do Proconve P7, com ampliação da distribuição de diesel S50
e do reagente catalítico Arla 32.
Já no segundo semestre a demanda deve voltar a ficar aquecida. “As
compras não podem ser adiadas para sempre”, lembra. A expectativa está
relacionada à definição do Finame Verde, linha de financiamento voltada
aos veículos com a tecnologia de emissões (leia aqui).
O objetivo seria amortecer o impacto do aumento de preço dos novos
caminhões e ônibus. A oferta do crédito, no entanto, ainda não foi
confirmada.
LINHA EURO 5
Cummins e MWM International são as fabricantes dos motores Euro 5 com
sistema SCR de tratamento de gases que equipam os novos micro-ônibus da
Volare. Os veículos tiveram ganho superior a 10% em potência. Além do
propulsor, a única mudança na linha foi a grade dianteira, que ganhou
novo desenho para identificar as unidades com a tecnologia de emissões.
Desde o início de 2011 a companhia treina a rede de concessionárias para
comercializar os modelos. Entre os argumentos de venda está a
durabilidade até 20% superior e o intervalo maior entre as revisões.
Além disso, a empresa garante que os novos veículos têm consumo de
combustível entre 8% e 12% menor. O investimento em Arla 32, solução
necessária para fazer funcionar o sistema SCR, abate parte da economia.
Ainda assim, a fabricante garante que há redução de 2% a 3% nos custos.
Fonte: Automotive Business
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