12/03/2012

Vendas de ônibus crescem 4,9% no primeiro bimestre

Foram comercializados 5,3 mil chassis. Mercedes Benz foi a que registrou maior volume de vendas. Volvo a que mais cresceu e Volkswagen teve queda expressiva


Ônibus da Mercedes Benz. Empresa foi a que registrou maior volume de vendas e maior participação no mercado de ônibus, com 51% de presença no setor. Maior queda foi da Volkswagen – MAN, que amargou diminuição de vendas na ordem de 29,4%. Volvo teve alta de 432,6% e Internacional promete entrar na briga pelo mercado de ônibus brasileiro. Foto: Adamo Bazani

Vendendo veículos com tecnologia antiga de redução de emissão de poluentes, baseada na norma Euro III, que são mais baratos, porém que só podem ser comercializados até o final deste mês, e também os que já seguem os novos padrões que emitem menos poluição, baseados nas normas Euro V, o mercado de ônibus mostrou força neste primeiro bimestre.

O aumento nas vendas nos dois primeiros meses de 2012 em comparação ao mesmo período de 2011 foi de 4,9%, o que representa 5,3 mil unidades vendidas. Mas o desempenho foi diferente entre as diversas fabricantes.

1ª) MERCEDES BENZ:
Foi a que teve o melhor desempenho em volume no primeiro bimestre. As vendas somaram 2,7 mil unidades, o que representa alta de 39,2%. A participação da Mercedes Benz no mercado é de 51% em todo o País. Essa participação subiu no primeiro bimestre 11,7%.

2ª) MAN – VOLKSWAGEN:
As vendas da MAN Latin America, dona marca da Volkswagen Caminhões, caíram no primeiro bimestre de 2012. A retração foi de 29,4%, com 1,3 mil unidades produzidas. A participação no mercado também caiu. A Volks que teve quase 35% de presença no setor de ônibus neste primeiro bimestre responde por 25,1%.


3ª) AGRALE:
A fabricante nacional Agrale também registrou retração. A queda foi de 13% neste primeiro bimestre em relação aos dois primeiros meses de 2011. Foram comercializados 599 chassi para ônibus. A participação da empresa no mercado recuou para 11,2%.

4ª) VOLVO:
O crescimento da marca foi considerado espantoso, principalmente por conta da comercialização de ônibus com motores dianteiros, populares entre os frotistas, por terem custos menores e desempenho melhor em condições difíceis de tráfego, o modelo B 270 F. A alta em relação ao início de 2011 foi de 432,6%, com vendas de 277 chassis para transportes rodoviários e urbanos. A participação da Volvo no mercado foi de 4,1%.


5ª) IVECO:
A marca pertencente à italiana Fiat, que faz os chassi do modelo CityClass, produzido pela encarroçadora Neobus, teve queda de 37% neste primeiro bimestre, em comparação a mesmo período de 2011. Com 212 unidades vendidas, a empresa teve em janeiro e fevereiro participação de 3,9%. A empresa, que vende ônibus escolares, espera aquecimento com mais negócios do Programa Caminho da Escola, do Governo Federal, que financia para os municípios e estados a compra de veículos escolares novos e que atendam a requisitos de conforto e segurança.

6ª) SCANIA
A marca sueca, especializada em ônibus de grande porte, tanto urbanos como rodoviários, reponde por 3,2% do mercado neste primeiro bimestre. As vendas subiram 77,3% com 172 chassis comercializados.

7ª) INTERNATIONAL:
Considerada surpresa no seleto mercado de ônibus, a International conseguiu emplacar 13 chassis para transportes de passageiros. Estas unidades licenciadas estão em fase de testes e mesmo sem divulgar datas, a marca confirmou que pretende comercializar ônibus no Brasil.

A proximidade das eleições municipais, quando pensando na imagem positiva que o transporte pode trazer a um administrador público (o inverso também ocorre), as prefeituras incentivam a renovação das frotas de urbanos, a licitação de quase 2 mil linhas rodoviárias pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres e os preparativos em relação à mobilidade urbana das cidades que devem receber a Copa do Mundo em 2014 e o Rio que vai sediar as Olimpíadas de 2016 ainda devem deixar o cenário aquecido para o setor de produção de ônibus, muito embora que, para aproveitarem os preços mais baixos dos ônibus cuja tecnologia de emissão de poluição só valia até 31 de dezembro de 2011, muitos empresários de ônibus anteciparam a compra de frota prevista para este ano, o que pode diminuir parte do ritmo.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.


Fonte: Ônibus Brasil

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